Eu não devia pensar tanto em você, "mal" te conhecia, como poderia ocupar tanto minha mente com sua imagem? Eu te idealizava. Claro que não eras nenhum príncipe encantado-já sou bem grandinha para acreditar que esses existem- mas para mim você não tinha muitos defeitos.
Era o moço lindo, nada que tirasse o foco de todos e o fôlego de tantas, mas era o dono de minha atenção e, para os outros, de minha total desatenção. Tinha o sorriso estonteante, e o olhar, ah! o olhar, desse não me atreverei nem a falar... Eu estava incondicionalmente dominada em meus pensamentos. Eu não queria, não podia estar assim, eu sabia que devia tirar você de mim. Você já havia me dadosinais demais de que eu na verdade não passava de uma a mais, de que o nosso nósnão iria dar certo, de que nada, senão uma amizade, ou para não exagerar, um coleguismo, poderia crescer entre a gente. Apesar de saber que quase sempre tiro conclusões em tempos muito curtos, eu estava certa de que essas tinham sido corretas. Então, decidi, tentando de todas as formas impôr-me à vontade de meu coração, que quero te evitar, estar longe de você e de tudo que te lembre. Quero te esquecer para não vir a sofrer quando a moça correspondida você conhecer.
Desfarei qualquer sombra de momento da qual lembre, mudarei de posição e deixarei que o sol incida sobre mim e faça sombra em outra direção
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